Um livro angustiante. Acho que este é o sentimento que devo está sentindo, angustia, depois de ter lido todas as 339 páginas desta obra. Tendo colocado como o mais desejado do mês de junho, criei expectativas astronômicas para este livro. Tenho que dizer, ele superou todas elas.
Segue sinopse abaixo:
Como Dizer Adeus em Robô - Com um toque melancólico, o livro conta a singular ligação entre Bea e Jonah. Eles ajudam um ao outro. E magoam um ao outro. Se rejeitam e se aproximam. Não é romance, exatamente mas é definitivamente amor. E significa mais para eles do que qualquer um dos dois consegue compreender... Uma amizade que vem de conversas comprometidas com a verdade, segredos partilhados, jogadas ousadas e telefonemas furtivos para o mesmo programa noturno de rádio, fértil em teorias de conspiração. Para todos que algum dia entraram no maravilhoso, traiçoeiro, ardente e significativo mundo de uma amizade verdadeira, do amor visceral, Como dizer adeus em robô vai ressoar profunda e duradouramente.
Bea, como gosta de ser chamada é uma garota robô. Fica óbvio entender porque ela se sente assim, robôs não tem sentimentos, ela é uma garota que não sente. Meu primeiro pensamento foi o seguinte "Como posso dizer que um robô não sente, se eu não sou um robô e nenhum robô respondeu esta pergunta ainda?". É eu sei as vezes tenho essas pirações, mas é a verdade.
Bea frequentemente muda de endereço pois o pai é professor universitário e sempre está a procura de novos desafios e alunos novos, ela não é feliz com as mudanças, pois isso significa que ela não pode se apegar a lugar algum nem a pessoas, pois ela sabe que aquilo será passageiro. No final do ano um caminhão virá e levará todas as possíveis recordações e laços criados. Isso só reforça mais a sensação de que ela é e precisa ser uma garota robô.
Além da personagem principal com pouca personalidade visível, mas cheia de conflitos, somos apresentados a diversos outros personagens que abrilhantam mais a estória. Temos a mãe de Bea que se apresenta como louca de pedra, hilária por sinal, temos o pai de Bea um homem admirável(nunca usei essa palavra na minha vida até hoje), e além de tantos outros temos o Jonah.
Jonah é super semelhante a Bea, são deslocados do mundo onde vivem e não se sentem inteiramente vivos. Essas semelhanças só servem para junta-los(ou mais ou menos isso).
Quando o envolvimento entre os dois começou a acontecer, eu torci com todas as minha forças que não desse certo. Bea se assemelhava muito a Bella da saga crepúsculo, quando se tratava de Jonah, ela era muito dada, aceitava tudo que vinha dele e isso me irritava(chega de spoilers).
O livro é super leve mais ao mesmo tempo bastante inteligente. Ele não nos passa frases inspiradoras, ele nos obriga a pensar nestas frases por meio das situações que ele nos apresenta.
A escrita é feita em primeira pessoa o que ajudou para entender mais o que se passa na cabeça de Bea. O título ao meu ver não foi apropriado pois não consegui achar a concretização, mas nada que interfira na estória.
É um livro de romance, mas também não é ao mesmo tempo, só lendo para entender.
Lançado pela Galera, Como Dizer Adeus em Robô me encantou profundamente.
Um ótimo livro para ler. E é isso.
Um xero.