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Opinião - Jack e o Coração Mecânico

Existem desenhos que servem só para entreter e dar boas risadas, isso não é errado, é bom. Um boa gargalhada faz bem para alma, mas há aqueles desenhos que não nos fazem rir, nos fazem pensar e refletir. Jack e o coração mecânico é assim. 
Segue sinopse abaixo:

Edinburgh, 1874. Jack nasce no dia mais frio do mundo e seu coração permanece congelado. Drª. Madeleine salva-o substituindo o coração danificado por um relógio mecânico. Mas para sobreviver ele deve seguir três regras: não tocar o relógio com as mãos, controlar sua raiva e, especialmente, nunca se apaixonar. Seu encontro com Miss Acácia, uma pequena cantora de rua, irá acelerar o ritmo de suas agulhas. Desesperado para encontrá-la, Jack começa como um Don Quixote em uma busca romântica que o leva dos lagos escoceses aos portões da Andaluzia, na Espanha.

O filme começa com a mãe de jack chegando na casa da Drª Madeleine que pra mim é uma bruxa de época. Já desde o inicio percebemos o quão bom esse filme vai ser, na imagem vemos bonecos, animações, mas conseguimos identificar ações humanas e reais em cada cena. Jack nasce neste mesmo dia, só que há um problema, ele vem em um inverno muito rigoroso, o mais rigoroso de todos e infelizmente seu coração nasce muito gelado, congelado.
Para que não morra a doutora resolve fazer um transplante de um novo coração, só que não há um outro coração então ela coloca um relógio no local. Desde a primeira conversa ele conhece as três regras que servirão para mante-lo vivo e em segurança: não tocar o relógio com as mãos, controlar sua raiva e o mais importante nunca se apaixonar. 
Então já viu né? É obvio que ele irá se apaixonar e partirá o nosso coração, mero expectadores. 
Acácia é uma garota da velha Inglaterra, ela toca nas ruas para conseguir o seu sustento e em um desses dias ela conhece Jack e o que mais se temia acontece, Jack se apaixona. 
Por ser um desenho poderia aparecer uma fada madrinha e transforma-lo em um humano sem defeitos, então os dois viveriam felizes para sempre, mas como disse no inicio da resenha esse desenho é muito próximo do real e na vida real não existe fadas madrinhas, pelo menos não aquelas com asas. 
Somos transportados para este amor proibido não por uma tia malvada ou então um casamento já marcado com um príncipe, mas pela natureza e com ela não se pode brincar. 
O filme é lindo de todas as formas. Apenas vê-lo não funciona, quem fizer isso ficará confuso, tem momentos que você precisa fechar os olhos, ouvir a musica e senti-lo em toda a sua dimensão. 
Baseado no livro A Mecânica do Coração do escritor Mathias Malzieu, ele pode ser assistido por este link aqui.

Um xero.

  

Resenha - O Encantador de Flechas

Antes de começar a resenha procurei em outros blogs o que eles sentiram lendo este livro, fiquei chocado pois só encontrei pontos positivos e não entendi porque só eu me senti diferente em relação ao livro, mas é isso mesmo. Segue sinopse abaixo:

Supernova - O Encantador de Flechas - Imersa em uma ditadura ideológica, a isolada cidade de Acigam sofre com a ameaça da guerra civil. De um lado, a Guilda, um grupo que usa os ensinamentos da Ciência das Energias para exigir os direitos da população. Do outro, um governo tirano, com soldados especialistas em aniquilar magos, nome vulgar dado aos praticantes de tal ciência. No meio desse conflito vive Leran, um garoto prestes a se formar na escola e não sabe qual futuro pode ter em uma cidade como Acigam. Após o envolvimento dos membros de sua família na rebelião, ele percebe que também está fadado a participar da guerra e vive uma aventura alucinante para descobrir mais sobre a misteriosa ciência que permite encantar objetos com a energia dos elementos. Leran deverá conciliar suas preocupações com a irmã mais nova, a recente vida amorosa e o medo de ser capturado pelos terríveis silenciadores.

Leran é um menino que perdeu o pai muito cedo e mora com a mãe e a irmã. Ele está no seu ultimo ano de escola e se encontra naquela fase da vida em que é preciso tomar uma escolha para onde ir, um rumo a seguir. O problema é que lá onde ele mora não há perspectivas. Ele vive em Acigam uma cidade fictícia e muita parecida com o nosso mundo, mas ao mesmo também muito diferente. Acigam é uma cidade onde há um rei e uma rainha e o regime mesmo que  não declarado é ditatorial. Além de tudo isso Leran é um aprendiz de mago, ele sabe que pode praticar magia ou como descrito no livro, ciência, mas ele não faz ideia de tudo que ele pode fazer e a dimensão dos problemas que a descoberta desde dom para a cidade poderia acarretar. Ponto, essa estória tinha tudo para ser magnifica se não fosse por um problema, a escrita do Renan autor do livro ao meu ver é previsível em muitos pontos e isso me irritou bastante na leitura. 
Neste livro há romance, drama, suspense e muita ação o que me deixou com um sentimento dúbio, eu não sabia o que pensar. As vezes eu estava amando em outras queria largar a leitura. Até a pagina 200 eu tinha certeza que essa seria uma resenha negativa, olhe bem, o livro não é ruim, pelo contrário estou com vontade de ler a continuação, mas demorou para me prender, na verdade só consegui gostar do livro quando mudou o ponto de vista, deixou de ser narrado por Leran o personagem principal e passou a ser contado por Judra. Foi ai que tudo me conquistou. Judra é uma menina que mora em Acigam que se apaixona por Leran então os dois se tornam o casal, mas ai o destino vem e separa eles(não posso falar mais se não seria spoiler). As cenas de ação são as melhores do livro, isso eu preciso dizer, meu coração batia e eu conseguia ver claramente as lutas e fugas. O livro me transportava.
Lançado pela Novo Conceito pelo selo Novas Páginas, o livro Super Nova - O Encantador de Flechas, é um bom convite para pessoas que gostam do gênero fantasia e que não se incomodam em esperar a estória engrenar. Quem espera não se arrepende, pelo menos não me arrependi.  

Um xero.  

Apego aos livros, quem não tem?

Porque não doar? 
Esta é uma questão discutida por muitas pessoas do universo dos livros. Se já leu porque não dá? Eu particularmente tenho três anos que comecei a ler pra valer e tenho até hoje todos os livros que comprei, não dou de jeito nenhum. Pra emprestar já é o maior sacrifício imaginar me desfazer dele. Isso não acontece só comigo, a maioria das pessoas que leem pensam da mesma forma. Se é meu, eu comprei, não vou dar de jeito nenhum. 
Livros hoje são tratados como filhos, são limpos, cuidados, colocados em locais confortáveis, damos carinho para eles e não queremos que ninguém encoste. Isso é fato, qualquer um que tem amor e um pouco de fissura por livros vai se identificar com este texto. A unica diferença é que tem gente que pratica a lei do desapego. Ler o livro e depois passa para outra pessoa para que ela tenha a oportunidade de ler também. Isso é maravilhoso, mas não funciona com um monte de gente, piorou comigo. 
Leitor adolescente já tem a desculpa, "É um trabalho retado pra conseguir um livro, meus pais não me dão dinheiro, então quando consigo eu vou dar?", ou então "Trabalho pra caramba pra ter o que é meu, e ainda vou ter que dar?" ou o mais clássico "São meus filhos, você daria um filho?". Realmente isso acontece e é o fato mais comum do mundo. 
No inicio do ano conheci uma pessoa (pasmem) que doava todos os livros depois de ter lido, quando ela me contou isso, fiquei encarando ela com a cara mais embasbacada do mundo pensando "Não é possível, essa mulher não tem coração", mas a verdade é que esta é uma forma de caridade e outra, é uma forma de disseminar a leitura para outras pessoas. Pensem bem o que um livro na estante vai contribuir? Para nada, apenas ocupará espaço e lhe dará trabalho pois precisará ser limpado, cuidado e tratado. Mas um livro sendo passado, a contribuição que isso causará é infinita pois você dará conhecimento e este não tem limites. 
Então porque não começar a doar?
Sei que é difícil e posso está sendo hipócrita escrevendo isto, mas enquanto a coragem não vem porque não passar a ideia? 
Então fica a dica, se terminou, passe para outro. É bacana, é feliz e é maravilhoso. 


Um xero. 

Opinião - Jessabelle - O Passado Nunca Morre

Filme de terror só é bom se existir um bom suspense no meio, se não tiver não serve.
Jessabelle lançado no ano de 2014 nos Estados Unidos e no dia 18 de junho, ultima quinta feira aqui no Brasil, nos promete um bom mini ataque cardíaco porque em filme de terror susto

pode

Segue sinopse abaixo: 


Após sofrer um acidente automobilístico, Jessie (Sarah Snook) é forçada a retornar para a casa do pai, onde tenta lidar com suas pernas imobilizadas. Ela ainda terá de enfrentar a fúria de um espírito, chamado Jessabelle, que pode ter relação com as circunstâncias misteriosas de seu nascimento.






São poucos filmes do gênero terror que realmente valem a pena. 
A verdade é que quando vamos para o cinema assistir um desses filmes, já vamos com a expectativa lá em baixo, pois é melhor a surpresa do que a possível decepção. 
Jessabelle conta a estória da própria que após sofrer um acidente de carro e ficar paralitica, começa a morar com o seu pai em uma casa extremamente macabra que é a da família. Jessabelle perdeu a mãe desde cedo e há um mistério em cima desta morte que o filme vai contando aos poucos. 
O filme é todo focado nela, apesar de ter outros personagens, toda as cenas vão ter ela no enredo. 
A dublagem não é muito boa, a voz da protagonista é péssima. 
Mas vamos ao mais importante, é possível tomar susto assistindo este filme? Sim é possível, mas pra mim o final foi desastroso. 
Temos a participação especial no inicio do filme do ator Brian Hallisay, pra quem não sabe ele é o Ben da série Revenge, se ainda assim não sabe fica meio difícil explicar ha ha. 
O enredo é super bacana e este não é um filme que fará você dormir durante a sua exibição e o melhor de tudo é que há realmente uma estória, não é só suspense, tem uma sustância, mas como falei o final é desastroso e totalmente deprimente. 
Se o objetivo é só muitos sustos, este não é o filme ideal, mas se a sensação desejada é aquele frio na barriga e a prisão total da atenção, este sim é o filme certo. Mais um de vários terrores, mas este merece também ser assistido.
Olha ai um gif pra te fazer olhar pra trás da cadeira, com medo de ver o capiroto.

Um xero. 

Resenha - Como Dizer Adeus em Robô

Um livro angustiante. Acho que este é o sentimento que devo está sentindo, angustia, depois de ter lido todas as 339 páginas desta obra. Tendo colocado como o mais desejado do mês de junho, criei expectativas astronômicas para este livro. Tenho que dizer, ele superou todas elas. 
Segue sinopse abaixo:

Como Dizer Adeus em Robô - Com um toque melancólico, o livro conta a singular ligação entre Bea e Jonah. Eles ajudam um ao outro. E magoam um ao outro. Se rejeitam e se aproximam. Não é romance, exatamente mas é definitivamente amor. E significa mais para eles do que qualquer um dos dois consegue compreender... Uma amizade que vem de conversas comprometidas com a verdade, segredos partilhados, jogadas ousadas e telefonemas furtivos para o mesmo programa noturno de rádio, fértil em teorias de conspiração. Para todos que algum dia entraram no maravilhoso, traiçoeiro, ardente e significativo mundo de uma amizade verdadeira, do amor visceral, Como dizer adeus em robô vai ressoar profunda e duradouramente.


Bea, como gosta de ser chamada é uma garota robô. Fica óbvio entender porque ela se sente assim, robôs não tem sentimentos, ela é uma garota que não sente. Meu primeiro pensamento foi o seguinte "Como posso dizer que um robô não sente, se eu não sou um robô e nenhum robô respondeu esta pergunta ainda?". É eu sei as vezes tenho essas pirações, mas é a verdade. 
Bea frequentemente muda de endereço pois o pai é professor universitário e sempre está a procura de novos desafios e alunos novos, ela não é feliz com as mudanças, pois isso significa que ela não pode se apegar a lugar algum nem a pessoas, pois ela sabe que aquilo será passageiro. No final do ano um caminhão virá e levará todas as possíveis recordações e laços criados. Isso só reforça mais a sensação de que ela é e precisa ser uma garota robô. 
Além da personagem principal com pouca personalidade visível, mas cheia de conflitos, somos apresentados a diversos outros personagens que abrilhantam mais a estória. Temos a mãe de Bea que se apresenta como louca de pedra, hilária por sinal, temos o pai de Bea um homem admirável(nunca usei essa palavra na minha vida até hoje), e além de tantos outros temos o Jonah. 
Jonah é super semelhante a Bea, são deslocados do mundo onde vivem e não se sentem inteiramente vivos. Essas semelhanças só servem para junta-los(ou mais ou menos isso). 
Quando o envolvimento entre os dois começou a acontecer, eu torci com todas as minha forças que não desse certo. Bea se assemelhava muito a Bella da saga crepúsculo, quando se tratava de Jonah, ela era muito dada, aceitava tudo que vinha dele e isso me irritava(chega de spoilers). 
O livro é super leve mais ao mesmo tempo bastante inteligente. Ele não nos passa frases inspiradoras, ele nos obriga a pensar nestas frases por meio das situações que ele nos apresenta. 
A escrita é feita em primeira pessoa o que ajudou para entender mais o que se passa na cabeça de Bea. O título ao meu ver não foi apropriado pois não consegui achar a concretização, mas nada que interfira na estória. 
É um livro de romance, mas também não é ao mesmo tempo, só lendo para entender. 
Lançado pela Galera, Como Dizer Adeus em Robô me encantou profundamente. 
Um ótimo livro para ler. E é isso. 

Um xero.  

Resenha - A Comissão Chapeleira

A Comissão Chapeleira, livro 2 da saga A Arma Escarlate nos promete uma história cheia de reviravoltas e emoções a flor da pele, além claro de um pouco de ódio ao protagonista principal. 
Bom. Terminei de ler, ódio ao protagonista tive, reviravoltas tiveram muitas, mas emoções a flor da pele, hum! Acredito que foi mais que isso, este livro não te provoca paixão é amor de verdade. 
Segue sinopse abaixo:
A Comissão Chapeleira - Atormentados pelos crimes que cometeu em seu primeiro ano como bruxo, tudo que Hugo mais queria naquele início de 1998 era paz de espírito, para que pudesse ao menos tentar ser uma pessoa melhor. Porém, sua paz é interrompida quando uma comissão truculenta do governo invade o Rio de Janeiro, ameaçando uniformizar todo o comportamento, calar toda a dissensão, e Hugo não é o único com segredos a esconder.
Para combater um inimigo inteligente e sedutor como o temido Alto Comissário, no entanto, será necessário muito mais do que apenas magia. Será preciso caráter. Mas o medo paralisa, o poder fascina, e entre lutar por seus amigos, ou lutar por si próprio, Hugo terá de enfrentar uma batalha muito maior do que imaginava. Uma batalha com sua própria consciência.

Para quem não leu ainda a Arma Escarlate, tenho que dizer que o personagem principal não é o que estamos acostumados. Ao contrário da maioria, Idá mais conhecido como Hugo é tudo menos o mais querido e amado. Atormentando por tudo que enfrentou e causou no primeiro livro nos deparamos com um personagem com grande mudanças de comportamento, mas também com muitos defeitos que continuam encrustados nele. A partir da primeira página somos transportados para o mundo bruxo brasileiro com toda a sua elegância e perspicácia e acima de tudo nos identificamos com cada um dos personagens que nos é apresentado. 
A Renata visa muito esta quebra de preconceitos do povo para o próprio povo, então conhecemos varias culturas a partir deste livro. Somos apresentados a Bahia com toda a sua formosura, defeitos e majestade(onde moro, minha terra), aprendemos mais sobre o sotaque mineirense e gaúcho, conhecemos as dunas do Maranhão e temos personagens importantes de diversas regiões do Brasil até do queridissimo Acre que é esquecido por tantas pessoas. Resumindo, viajamos pelo Brasil em busca do que é nosso por direito e além de tudo vivemos uma estória mais que especial. 
O preconceito não tem vez na Comissão Chapeleira. 
Continua os mesmos personagens claro, com uma boa dose de amadurecimento e aprendizado além de novos personagens para amar e odiar. 
Lembro que no primeiro livro o final foi super apreensivo e tenso, neste segundo foi diferente(não posso contar é spoiler), mas a verdade é que terminei com um sorriso no rosto mesmo depois de ter suado tanto pelos olhos ao decorrer das páginas. 
Procurando em outras resenhas encontrei muitas frases estilo "Um livro macabro" ou então "Uma escritora sem coração". Eu particularmente não vi nada disso, o livro não é só bom, ele é ótimo e olhe que não sou masoquista. Mexe muito com a gente mas todo o aprendizado é doloroso e este livro é uma aula. Uma das melhores que já tive. 
Muito bem diagramado e escrito em terceira pessoa, para comprar é só clicar neste link aqui.
Lançado pela Novo Século, A Comissão Chapeleira entrou pro rol dos melhores livros que já li. 


Um xero. 

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